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SAFRA AMERICANA

Quinta-feira, 18 de Agosto de 2016

Nutri Meurer - Grão-Pará - SC.

Safra recorde nos EUA deve derrubar preços no Brasil
De acordo com analista, desvalorização só não será maior por conta da demanda internacional, que ainda está bastante aquecida
Marina Salles
Ampliar foto Nos EUA, safra de soja deve ser de 110,5 milhões de t
Na última sexta-feira, 12, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) revisou seus relatórios para cima, projetando safras recordes de milho e soja. No Brasil, segundo o analista de mercado Carlos Cogo, a notícia deve manter uma pressão de baixa nos preços futuros pelo menos a curto prazo.
Até agora, os números levantados pelo USDA sinalizam produção de 384,9 milhões de toneladas de milho e 110,5 milhões de toneladas de soja no país. Para Cogo, se a safra não for recorde, será pelo menos suficientemente grande para provocar queda nas cotações no mercado brasileiro. “Falta só o restante de agosto para se ter uma definição da safra lá e até agora não há nenhum indicativo de que vá haver grandes problemas”, diz.
No médio prazo, o Brasil tem outra questão em aberto, que é a flutuação do câmbio. “O dólar segue recuando e o governo já começou a demonstrar certa preocupação”, afirma Cogo. De acordo com o analista, as negociações de milho e soja, que já estavam lentas, ganharam ritmo ainda mais moroso após a divulgação do relatório do USDA.
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“Hoje, no caso, a soja está em alta. Mas é mais um aproveitamento da baixa de preço que houve por parte dos compradores do que uma coisa consistente”, diz. Para a próxima safra no Brasil, ele espera que o clima favorável, com La Niña de fraco a moderado, permita produzir mais de 100 milhões de toneladas do grão. “O milho, por sua vez, deve bater a casa das 88, 90 milhões de toneladas - que é o que teríamos colhido esse ano se não tivesse havido quebra na segunda safra”.
No momento, a perspectiva para o milho - que passou por uma elevação de preço após a safrinha - é de novos recuos. “O preço está em baixa e até o final do ano pode ter uma recuperação, mas existem várias limitações para que isso aconteça”, diz Cogo. Entre elas, estão a grande produção nos Estados Unidos, o dólar em queda no Brasil, menor volume de exportações, aumento de produto no mercado interno e estoques não tão baixos quanto esperado.
“Tudo isso pode criar um certo marasmo no mercado e limitar altas mais expressivas de preço”, justifica. Para o produtor que não está precisando fazer negócio agora, a recomendação é segurar a mercadoria. “Ver se acontece algum desdobramento no mercado ou intervenção do Banco Central quanto ao câmbio”, explica o analista.
De qualquer forma, Cogo entende que o momento é de transição e que os preços não devem cair tanto porque o aumento da demanda ainda é forte. “Com essa sustentação, o mercado não permite que a cotação baixe além de um piso estabelecido para os grãos”, completa.

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