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Plano Safra 2015/2016 terá R$ 187,7 bilhões
Terça-feira, 02 de Junho de 2015
Valor é 20% maior que o disponibilizado para a safra atual, com taxas de juros maiores nas linhas de financiamento. Voltar
O crédito oficial disponível para a agricultura empresarial na safra 2015/2016 será de R$ 187,7 bilhões. O valor, 20% maior que o da safra atual (R$ 156,1 bilhões), foi anunciado nesta terça-feira (2/6) pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e pela presidente Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na presença de ministros, parlamentares e representantes do setor.
De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), para o financiamento de custeio a juros controlados estão programados R$ 94,5 bilhões, 7,5% a mais em comparação com o período anterior (R$ 87,9 bilhões) e, conforme a pasta, reflete o crescimento dos custos de produção. Para investimentos, são R$ 33,3 bilhões.
O limite de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão. O de comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões. Foi mantido o limite de R$ 385 mil por produtor nos créditos de investimentos com recursos obrigatórios.
O Plano Safra mostra que ajuste não se dá só com cortes, mas com investimentos, disse a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, destacando que sem o crédito oficial, a próxima safra poderia estar seriamente comprometida.
No seu pronunciamento, a ministra avaliou que o setor agropecuário é um bom exemplo de interação entre o estado e o setor privado, ressaltando que toda a política pública tem um custo para a sociedade. Destacou ainda que a política de crédito rural é uma das mais duradouras em execução no país.
Outra ação duradoura é o desenvolvimento da agricultura tropical, em que mencionou a importância do trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Sem o aumento grande de produtividade, a produção de hoje demandaria área de 150 milhões de hectares. Poupamos 100 milhões de hectares com tecnologia. Poderemos aumentar em 50 milhões de toneladas à nossa produção e em 8 milhões de toneladas de carnes nos próximos 10 anos sem qualquer pressão sobre terra e água, disse.
Por Raphael Salomão.